domingo, 10 de outubro de 2021

ORGULHO DE, TAMBÉM, SER UFS


  

 

Antônio Carlos Sobral Sousa*

 

 

Foi publicado, recentemente, o prestigiado índice Científico AD (Alper-Doger Scientific Index) 2021, organização independente, que não recebe apoio institucional e que promove o ranking da avaliação individual dos cientistas mais influentes, em 195 países, nas mais diversas áreas de atuação.

Este é o único estudo que mostra os coeficientes de produtividade total e dos últimos cinco anos de pesquisadores, com base nas pontuações dos índices “h” e “i10” e nas citações no Google Escolar.

Ao contrário de outros sistemas, que fornecem avaliações de periódicos e de universidades, o AD Scientific Index faz a classificação baseada no desempenho científico e no valor agregado da produtividade individual dos cientistas, para a comunidade acadêmica.

Vale ressaltar, ainda, que ele incorpora, em sua análise, indicadores qualitativos da investigação e da instituição. O índice h, por exemplo, é determinado por meio do número de artigos citados pelo menos "h'' vezes. Já o índice i10, por sua vez, representa o número de publicações com, no mínimo, 10 citações.

Portanto, para atingir um índice AD alto, não basta, ao pesquisador, ter um grande número de artigos publicados, ele deve, também, ter recebido um grande número de citações. Como são publicadas as listas dos Top 10.000 cientistas, de cada região mundial, é possível obter o ranking acadêmico de cada pesquisador, na sua universidade, no seu país, na sua região e no mundo.

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) teve 9 pesquisadores reconhecidos pelo AD Scientific Index 2021, no importante grupo do BRICS, formado pelos países de mercado emergente em relação ao desenvolvimento econômico, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul:

1º- Lucindo José Quintans Júnior (iH 54 - Dep. de Fisiologia);

2º- Roberto Jerônimo dos Santos Silva (iH 53 - Dep. de Educação Física);

3º- André Faro (iH 49 – Dep. de Psicologia);

4º- Roque Pacheco de Almeida (iH 43 – Dep. de Medicina);

5º- Péricles Barreto Alves (iH 42 – Dep. de Química);

6º- Arie Fitzgerald Blank (iH 39 – Dep. de Engenharia Agronômica);

7º- Antônio Carlos Sobral Sousa (iH 36 – Dep. de Medicina);

8º- Amélia Ribeiro de Jesus (iH 36 – Dep. de Medicina) e,

9º- Ricardo Freire (iH 34 – Dep. de Química).

Vale destacar, ainda que, além dos já citados, outros 17 pesquisadores da UFS, também, foram classificados no ranking da América Latina.

Segundo o pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da UFS, Lucindo Quintans: “o destaque em um ranking internacional é uma valorização da pesquisa, demonstra que o pesquisador transita na fronteira do conhecimento e que o seu trabalho é lido, é citado e é utilizado como referência. Lembrando, ainda, que a UFS hoje é responsável por 91% de toda a produção científica de Sergipe, nos últimos dez anos”.

Estes indicadores atuam, também, como uma vitrine para a UFS, possibilitando maior visibilidade internacional, facilitando o intercâmbio de pesquisadores e o acesso a financiamentos para as pesquisas. Além de merecer o reconhecimento por órgãos governamentais como MEC, Capes, CNPq e Fapitec, fica a esperança de que, esta conquista, também, sirva de fonte inspiradora para os estudantes da nossa Universidade. Finalizo, parafraseando Henry Adams: “O Professor se liga à eternidade; ele nunca sabe onde cessa sua influência”.

 

 

* Professor Titular da UFS e Membro das Academias Sergipanas de Medicina, de Letras e de Educação.

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