domingo, 25 de dezembro de 2022

APORRINHADO COM O SELECIONADO NACIONAL


 

 

 

José Lima Santana*

 

 

Depois da decepção com o nosso Selecionado Nacional (eu detesto essa expressão, mas a uso, só para me martirizar), com os nossos atletas dançando muito mais do que jogando bola, requebrando-se muito mais do que dando passes certos, o que nos aguardará em 2023? Ah, antes de preocupar-me com o ano novo, deixe-me lançar algumas alfinetadas! Ainda sobre o Selecionado.

Muita gente tem criticado o técnico, isto é, o ex-técnico Tite. Não sei a razão disso. Ora, o torcedor brasileiro, em geral, é extremamente exigente. Em duas Copas do Mundo, ele, Tite, não foi capaz de criar táticas que pudessem aproveitar a técnica de cada um dos nossos jogadores? Bem, isso é verdade.

Depois da derrocada em 2018, ele pensava que iria abafar no Catar, porque se saiu em primeiro lugar nas Eliminatórias, sem jogar contra a Argentina aquele jogo que a Covid-19 impediu, ou as autoridades sanitárias empastelaram (com razão ou não)? Porque venceu umas tantas partidas amistosas contra uns “timecos” (com todo o respeito), sem defrontar-se com Seleções de peso? Ah, perdeu a Copa América, dentro de casa, para os Hermanos, que se sagraram Campeões do Mundo! E não me venha o Tite dizer que a Argentina contou com as preces do Papa Francisco. Isso não vale!

Antes de preocupar-me com 2023, preciso lançar o olhar sobre 2026. Quem será o substituto do Tite? Um estrangeiro? Pois tem gente que é contra um treinador de fora, para acabar com os passes de dança e impor passes precisos com a bola. Eu, não. Acho bom que venha alguém que tenha na veia a vontade férrea de vencer.

Vontade para exibições periféricas já tivemos demais da conta. É hora de reformar tudo o que diz respeito ao Selecionado Nacional (não é bem melhor e mais usual a expressão “Seleção Brasileira”?). Acabar com os dirigentes que querem promover jogadores apadrinhados (ao menos foi o que se comentou após a convocação final feita pelo Tite). Acabar com as firulas de certos jogadores, que se sentem (ou se sentiam) donos do pedaço. É bom de bola? É craque? Mostre isso em campo.

Nada de bifes salpicados com ouro em pó. Nada de entrevistazinhas com mútuos elogios. Nada de puxa-saquismos de parte da imprensa, que parece viver noutro Planeta, ou parece estar mamando nas tetas da CBF (riquíssima, por sinal). Eu quero de volta a minha Seleção (vejam como eu sou pretensioso: “a minha Seleção”), a Seleção que cumpra a sua tarefa de ganhar e não desperdiçar as oportunidades, para, depois, cada jogador cair em campo aos berros, como bezerros desmamados. Quantas cenas ridículas de uns marmanjos sem peito para vencer, caindo aos prantos no gramado, após a derrota nos pênaltis para a Croácia. Nos pênaltis! Nem saber cobrar pênaltis nós sabemos. Outros também, não. Mas, os outros que vão se catar.

Deixemos para lá o Selecionado Nacional (continuo detestando essa expressão, mas a uso, não por ser masoquista, mas para irritar seja lá quem for). Estou farto desse futebolzinho pífio verde-amarelo, mais amarelado do que esverdeado. Um maluco da minha rua quis me convencer de que o Selecionado de Tite não se saiu bem no Catar porque as cores da nossa Bandeira foram catadas pela politicagem, pelos arautos da extrema-direita, derrotada, enfim, nas urnas. Conversa mais besta! Tite e companhia perderam porque nunca quiseram ganhar de verdade. Até pensaram que poderiam ganhar. Porém, não passou disso: pensaram. Todavia, não jogaram para tanto. Não jogaram nada.

Bem. Eu nem vou mais tocar em 2023. Vou deixar para outro momento. Falar no Selecionado Nacional deixa-me mentalmente exaurido, sem mais assunto. Talvez seja a idade. Beiro os 68. Meu Deus, 68 foi um ano terrivelmente difícil para o Brasil!

 

P.S. Não vi graça em Tite, do tamanho do espanador da lua, como dizia minha avó sobre os varapaus, improvisar a dancinha do pombo. Ufa!

 

 

*Padre, advogado, professor do Departamento de Direito da Universidade Federal de Sergipe, doutor em Educação, membro da Academia Sergipana de Letras, da Academia Dorense de Letras, da Academia Sergipana de Letras Jurídicas, da Academia Sergipana de Educação e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.

MARCADOR DE PROTEÇÃO VACINAL


 

 

 

Antônio Carlos Sobral Sousa*

 

 

A vacina provoca, em nosso organismo, uma resposta adaptativa, semelhante à que ocorre pelo contato com o vírus, apoiado em dois pilares do sistema imune, o humoral e o celular. No caso da Covid-19, por exemplo, a imunidade humoral é formada por anticorpos que se ligam à proteína Spike, do SARS-CoV-2, neutralizando o agente invasor ou eliminando-o por meio de outros mecanismos efetores.

Já a imunidade celular, por sua vez, é composta por dois grupos de células, específicas contra o vírus: as do tipo “B” que também produzem anticorpos e as do tipo “T”, que tanto eliminam, diretamente, células infectadas pelo vírus, como fornecem apoio às demais respostas imunes.

Para infecções virais agudas, incluindo as promovidas pelo novo coronavírus, é provável que os anticorpos neutralizantes sejam essenciais para bloquear a aquisição da infecção, enquanto uma combinação das respostas imunes humorais e celulares, provavelmente, controlam a replicação viral após a infecção e previnem a progressão para doença grave, hospitalização e morte.

A identificação de marcadores imunológicos que se correlacionem com a proteção contra uma infecção após a vacinação, chamados de Correlato de Proteção (CoP) constitui importante marco na vacinologia, pois permitem prever o nível de eficácia de um determinado imunizante na prevenção de desfechos clínicos importantes, substituindo, portanto, os ensaios de eficácia, quando estes não são viáveis ou não são éticos.

Uma vez estabelecido, com base em estudos randomizados, o CoP pode ser utilizado como desfecho primário de estudos que visam, por exemplo, aprovar uma determinada vacina para uma faixa etária mais jovem da população, quando já está comprovada a sua eficácia em pacientes mais idosos.

Evidências robustas, conforme artigo recém-publicado no New England J of Medicine (DOI: 10.1056/NEJMp2211314), têm sinalizado para a utilização tanto da concentração sérica de anticorpos IgG anti-spike, como do título de anticorpos neutralizantes anti-SARS-Cov-2, como CoPs para vacinação contra Covid-19 sintomática.

Todavia, devido a maior consistência de correlação entre a titulação média estandardizada de anticorpos neutralizantes e a eficácia das vacinas, este CoP tem sido o mais utilizado nos estudos clínicos. Esta validação é importante porque respalda as decisões dos órgãos regulatórios quanto às recomendações de doses de reforço dos imunizantes contra a nefasta peste, como aconteceu na reunião do Conselho Consultivo do Food and Drugs Administration (FDA) americano, em novembro passado.

Apesar de a população brasileira ter acesso gratuito, tanto às vacinas contra a Covid-19, como aos demais imunizantes recomendados pela Organização da Saúde (OMS), a cobertura vacinal vem despencando, sobretudo em crianças, nos últimos anos, segundo alerta do próprio Ministério da Saúde, refletindo, provavelmente, a política antivacinas defendida por muitos durante a pandemia da Covid-19. A crise econômica, o corte de financiamento na Saúde Pública, e o fato de os pais hoje em dia não temerem doenças que não conhecem, justamente por causa das imunizações, também contribuem para esta preocupante situação.

Vale ressaltar ainda que, apesar dos relatos de reações adversas graves como encefalopatias, toxidermias, hepatopatias, distúrbios confusionais, etc., descritos com o uso indiscriminado de Ivermectina, conforme descrito no periódico PLOS Neglected Tropical Diseases (Doi: 10.1371/journal.pntd.0009354), muitos ainda continuam usando o vermífugo como se fosse vacina.

O FDA chegou a emitir uma nota esclarecedora, em 10 de dezembro de 2021, intitulada: "Por que você não deve usar a ivermectina para tratar ou prevenir o Covid-19"! Para humanos, os comprimidos de ivermectina são aprovados em doses muito específicas para tratar alguns vermes parasitas, e existem formulações tópicas para piolhos e para doenças de pele como a rosácea. No entanto, o FDA recebeu vários relatórios de pacientes que precisaram de atenção médica, incluindo hospitalização, após a automedicação com ivermectina destinada ao gado.

Finalizo citando o escritor e filósofo iluminista francês, François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire: "Meus amigos, uma falsa ciência gera ateus, mas a verdadeira ciência leva os homens a se curvar diante da divindade..."

 

 

* Professor Titular da Universidade Federal de Sergipe e membro das Academias Sergipanas de Medicina, Letras e Educação.

domingo, 18 de dezembro de 2022

POVINHO DE LÍNGUA FERINA


  

 

José Lima Santana*

 

 

Povinho de língua grande e solta, fora da conta. Língua ferina. Falava-se de tudo e de todos. Cada um lascava com o outro ou com a outra, conforme fosse. Muita gente foi parar nas raias da Justiça, no Fórum do juiz, Dr. Marcelo Brocco, velho magistrado às margens da aposentadoria sem ter logrado chegar ao cobiçado posto de desembargador. Entrara já madurão na magistratura. Antes, fora fiscal de rendas. Juntando o tempo de serviço, passava de quarenta anos. Merecia, sim, a aposentadoria, para curtir os seis netos, ou para ver-se endoidecido por eles.

Os sapograndenses não eram raça de gente. Pareciam formar uma tribo de selvagens que teimavam em não se render aos bons modos. Era costume apregoar-se que o diabo dera de meter o bedelho por ali, nos tempos em que o padre Vicentinho benzera a cidade com a mão esquerda, por causa de que Tibúrcio de Zeca Perna Torta botara de boca em boca que o velho vigário tinha lá de seu um chega-pra-cá com Doninha de Fabrício de João Cego, viúva quarentona de boas ancas e outros melhores apetrechos.

Conversa mais sem-vergonha, sem pé nem cabeça. Aleivosia que bradava aos céus. Imaginar que aquele velho santo de batina surrada, que ali se encontrava há mais de trinta e cinco anos, desde que se tinham passado vinte anos de sua ordenação. Cinquenta e cinco anos dizendo Missas em Sapo Grande, Lagoa Seca, Curral de Baixo e Mata dos Arrepios. Um santo homem a serviço do Reino.

Tibúrcio de Zeca Perna Torta era um salafrário, desfazedor de namoros, noivados e casamentos, enxerindo-se para muitas moças e mulheres, à falta de uma surra de cipó caboclo ou de rabo de teiú, a lanhar suas costas de periquito com fome de seis dias. Faltava homem de sangue no olho e tutano nos ossos, em Sapo Grande?

Não era isso. Ninguém tinha sobroço de Tibúrcio. Todos tinham, sim, respeito pelo coronel Zeca Perna Torta, que entortara a perna direita na Guerra de Canudos, na Bahia, nos tempos do Conselheiro, naquela matança infeliz de brasileiros matando-se uns aos outros. Porém, mais cedo ou mais tarde, Tibúrcio ainda haveria de encontrar um pé torto no seu caminho de estreito seguimento, ou algo que lhe pudesse valer de forma negativa.

O padre Vicentinho, cansado, ministério cumprido, e bem cumprido, beirando os oitenta anos, pediu uso de ordem ao senhor bispo diocesano. Precisava passar os dias de vida que o Senhor ainda lhe daria, no meio dos seus, em sua terra natal, Cachoeira do Maromba, onde moravam seis irmãos, três dúzias de sobrinhos e uns tantos sobrinhos-netos. Ah, e sua santa mãezinha, que ainda vivia, graças a Deus, do alto dos seus cento e dois anos! Lúcida e fazendo cocada-puxa, que botava o velho padre a lamber os beiços.

O povo de Sapo Grande fez uma festa alvoroçada para o padre Vicentinho, quando ele a deixara, a 6 de maio de 1942. Inventaram que ele teria benzido a cidade com a mão esquerda. Santo Deus! Daquele servo do Evangelho de Cristo só saíram bênçãos. A sua mão direita não se cansara de abençoar e bendizer. As línguas ferinas daquela cidade não conheciam descanso. Foi-se o padre, outro chegou e a vida continuou a ser fiada e desfiada.

Tibúrcio de Zeca Perna Torta contraiu matrimônio, na Igreja e no civil, com uma moça prendada e de bons dotes, posto que filha única de abastado comerciante de Matão de Dentro, cidade de impulsionado progresso, nos últimos anos. Festança de arromba foi dada pelo pai da noiva. Até o governador do Estado lançou-se por uma estrada de trezentos e quarenta quilômetros, mais esburacada do que um queijo suíço, para saudar o filho do coronel que lutara em Canudos.

A bem da verdade, coronel mesmo Zeca Perna Torta não era, até porque lutara ao lado do Conselheiro. O apelido lhe fora dado por um seu compadre, alfaiate, Britinho Tesoura Fina, que gostava de alcunhar as pessoas. Quatro anos depois do casamento, os pais dos nubentes aguardavam um neto ou neta. Nada. Das duas, uma, dizia-se em Sapo Grande: Tibúrcio era galo de ovo goro ou Matilde, sua esposa, tinha lá nela o útero destrambelhado. Quatro anos sem procriação não era normal por aquelas bandas.

Verdade foi que Matilde não pôde mesmo dar um filho a Tibúrcio. Ela pegou uma febre malsã e morreu na véspera do Ano Novo. Pedro Curiboca e sua esposa, Dona Cecília, quase morreram. Era a sua única filha. Tibúrcio passou meses acabrunhado. Mas, a vida seguia o seu curso.

Um ano e pouco depois, ele contrairia segundas núpcias com uma moça dali mesmo, que estava de namoro com Borbinha, exímio tocador de violão, boêmio de segunda e de cabelos negros empastados de brilhantina Zezé. Ante não se sabia quais promessas de Tibúrcio, a moça, da noite para o dia, desmanchou o namoro com o violonista e passou a morar na casa de Tibúrcio. Sob pressão do novo padre, dentro de noventa dias, os dois estavam no altar. As línguas ferinas de Sapo Grande alardeavam que a moça, que se chamava Maria Flor, há muito tinha perdido o floreio. Nada que pudesse abalar Tibúrcio.

Dias após o enlace matrimonial de Tibúrcio com Maria Flor, a nova nora de Zeca Perna Torta anunciou que estava pejada de três meses. Tibúrcio vangloriava-se que não era galo de ovo goro. Matilde, que Deus a tivesse, não podia ter filhos. Enfim, nasceu o filho de Tibúrcio, um garotinho troncudo, de cabelos negros, carinha de anjo de folhetim.

Quando a parteira, Dona Mimosa, banhou o menino, para colocá-lo nos braços da mãe, pôde ver que, na sua perninha esquerda estava selada uma mancha vermelha em forma de triângulo. Ela era a parteira da cidade há três décadas e meia. E vira aquela mesma mancha triangular vermelha na perna esquerda do violonista Borbinha. Dona Mimosa talvez fosse a única pessoa de Sapo Grande que não tinha a língua ferina.

 

 

*Padre, advogado, professor do Departamento de Direito da Universidade Federal de Sergipe, doutor em Educação, membro da Academia Sergipana de Letras, da Academia Dorense de Letras Jurídicas, da Academia Sergipana de Educação e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.

domingo, 4 de dezembro de 2022

COVID-19: A “GANGORRA” DO USO DE MÁSCARAS


  

 

Antônio Carlos Sobral Sousa*

 

 

Estamos com quase três anos de pandemia e o Brasil é um dos países que mais apresentaram perdas fatais em consequência do nefasto vírus. E ainda, parcela significativa daqueles acometidos pela doença, continuam apresentando, a longo prazo, complicações neurológicas, cardiopulmonares, psíquicas e outras condições incapacitantes.

O protagonista dessa peste continua evoluindo com variantes que, em parte, podem escapar da importante proteção imunológica promovida pelas vacinas, causando recrudescimento do número de casos e, consequentemente, de mortes.

O uso de máscara tem se constituído em importante medida protetora durante a pandemia, porque retém percentagem significativa de partículas infecciosas exalada por uma pessoa doente, diminuindo a propagação viral. Vale ressaltar que existe distinção entre o uso universal e individual de máscara.

Quando todos utilizam a referida proteção, verifica-se redução significativa da quantidade de vírus exalado em áreas compartilhadas, tornando mais seguros os espaços internos. Já o uso individual da máscara, protege apenas o seu usuário, tendo, portanto, pouco efeito na transmissão em nível populacional da doença.

Passada a terceira onda da Covid-19, protagonizada pela variante Ômicron, começaram a vigorar em todo país, as medidas de flexibilização tanto para o uso de máscaras, como para o distanciamento físico, e o clima de festas foi tomando conta da população. O aumento expressivo do número de casos registrados nas últimas semanas, chancelado pela subvariante BQ.1, forçou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a determinar a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e no interior de aviões. Porém, como vem acontecendo desde o início da pandemia, tal medida sempre provoca reações por parte daqueles negacionistas que insistem em desrespeitar o SARS-Cov-2.

Para respaldar a importância da proteção em ambientes fechados, foi recém-publicado, no N Engl J Med (DOI: 10.1056/NEJMoa2211029), que avaliou o efeito do uso universal de máscaras em alunos de escolas públicas do Estado de Massachusetts, EUA. Em fevereiro do corrente ano, seguindo recomendações dos órgãos regulatórios, as escolas do referido estado suspenderam a obrigatoriedade do uso do protetor facial, exceto dois distritos escolares localizados na capital, Boston, que sustentaram o requerimento do uso de máscaras até o mês de junho.

Os autores observaram que os estabelecimentos de ensino que relaxaram a obrigatoriedade do uso universal de máscaras, registraram, durante as 15 semanas de investigação, um incremento de 44,9 casos de Covid-19 para cada 1.000 estudantes e funcionários das referidas escolas, comparativamente às que mantiveram a medida protetora. Essas importantes observações reforçam a importância do uso universal de máscaras em ambientes fechados.

A política de mascaramento universal pode adicionar um pequeno custo para toda a sociedade, mas pode aliviar os maiores fardos da virose para as populações que são naturalmente mais vulneráveis por racismo estrutural e outras desigualdades. Finalizo, citando frase de autor desconhecido: “Cuidado! O inimigo pode estar ao seu lado”.

 

 

* Professor Titular da Universidade Federal de Sergipe e membro das Academias Sergipanas de Medicina, de Letras e de Educação.

BOTARAM SAL NO DOCE DO GOVERNADOR

PÓ DE SOVACO DE MORCEGO

      José Lima Santana*     Zé Calango esbravejou diante do prefeito: “O que é que você pensa, seu cabeça de vento? Que o povo é ...