sábado, 13 de março de 2021

A SAÚDE DE NOSSO ESTADO NAS MÃOS DE MULHERES COMPETENTES

                                              Mércia Feitosa

 

 

Antônio Carlos Sobral Sousa*

 

 

Praticamente todo o País foi inundado pela nefasta segunda onda da Covid-19, provocando afogamento do sistema de saúde na maioria das cidades e dizimando vidas preciosas, em um crescente sem precedentes. O surgimento da variante brasileira do Sars-cov-2, conhecida como P1, muito mais eficaz na sua transmissão, aliada ao moroso programa de vacinação, chancelado pelo governo federal e, ainda, à não adesão das medidas efetivas de segurança, por parcela significativa da nossa população, provavelmente justifiquem a situação calamitosa que vivenciamos.

Absurdo é, também, depois de tantas conquistas no campo das ciências, depois da implementação de inúmeros procedimentos de diagnóstico e de tratamento das mais diversas patologias e depois de tantos medicamentos, eficazes, no tratamento e na prevenção de várias patologias, ver-se ferido e menosprezado o paradigma da Medicina que é o de “escolher o melhor caminho”, embasado cientificamente, considerando-se as particularidades clínicas, as preferências do enfermo e as disponibilidades do local. Neste sentido, alguns, insensatamente, propagam a utilização, não comprovada cientificamente, de tratamento precoce da Covid-19, baseado em Cloroquina, Ivermectina, Azitromicina e complexos vitamínicos.

O momento em que vivemos está a exigir de nossos dirigentes esforço conjugado, vontade resoluta, mentalidade sadia, espírito forte e audacioso para vencer este inimigo versátil e traiçoeiro, que ora nos aflige, sem ódios e paixões, embasados nos princípios democráticos, cujas raízes históricas foram plantadas nos mais recuados tempos da civilização helênica, sobrevivendo às transmutações dos séculos.

E o determinismo histórico, por força do seu capricho invencível, delegou-nos, a nós, sergipanos, o privilégio de contarmos com a presença feminina na direção de peças-chave da saúde pública de nosso Estado:  Mércia Feitosa (secretária de Saúde do Estado); Waneska Barbosa (secretária de Saúde de Aracaju); Márcia Guimarães (diretora do Hospital de Cirurgia, um dos maiores do nosso estado) e Ângela Silva (superintendente do Hospital Universitário-UFS).

Ressalte-se, ainda, que, atualmente, a professora Valéria Barreto vem conduzindo, com galhardia, o maior Departamento da UFS, o de Medicina. Estas abnegadas e diligentes profissionais de saúde, além dos encargos inerentes à condição de mulher, problemas outros, que transcendem os limites do interesse individual, têm exigido delas o máximo de coragem e desprendimento, num verdadeiro desafio aos sentimentos cívicos. As suas missões têm sido, deveras, espinhosas.

O Brasil de agora, reclama por um sistema de saúde igualitário, que não deixe desamparada quase 80% da população, que não têm acesso à eficiente medicina privada. Glória, pois, àqueles intimoratos profissionais que, num rasgo de sublime inspiração, dedicam-se, também, ao atendimento dos dependentes do SUS, convocados que foram, na resplandescência do seu fascínio para o nobre trabalho.

Neste momento difícil, tributo as mais sinceras homenagens às Mulheres, sobretudo às que estão na linha de frente da batalha insana contra o poderoso novo coronavírus. A Sociedade está a dever-lhe a admiração, o reconhecimento e a mais sincera gratidão. Seja-me também permitido, cumprimentar Dorinha, Nathália, Gisela e Maria, a quem devo os cânticos e as palmas do meu viver! Salve o Dia Internacional da Mulher!

 

 

* Prof. Titular da UFS e Membro das Academias Sergipanas de Medicina, de Letras e de Educação.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BOTARAM SAL NO DOCE DO GOVERNADOR

PÓ DE SOVACO DE MORCEGO

      José Lima Santana*     Zé Calango esbravejou diante do prefeito: “O que é que você pensa, seu cabeça de vento? Que o povo é ...