Antônio Carlos Sobral
Sousa*
Os sucos verdes, também
conhecidos como “detox”, têm se popularizado como um veículo promotor de saúde,
por se tratar de alimentos aparentemente saudáveis, já que são incluídos, em
sua composição, ingredientes como vegetais e frutas. O grande sucesso atingido
por tais produtos se deve, provavelmente, mais à perda de peso corporal por ele
promovida, do que à sua capacidade desintoxicante. Portanto, com frequência,
esses sucos são indicados como substitutos de refeições. Muitos acreditam,
também, que esses produtos estimulem a imunidade, o que seria mais um atrativo
para a sua utilização, em tempos de Pandemia.
Todavia, as referidas
propriedades benéficas dos sucos verdes não são cientificamente sustentadas,
por diversas razões: perda de elementos saudáveis das frutas e verduras in
natura, como fibras, no processo de confecção dos sucos; falta de
uniformidade, tanto qualitativa como quantitativa, da composição desses
produtos, dificultando, inclusive, a realização de pesquisas científicas
adequadas para testar as suas propagadas vantagens; só devem ser
comercializados sob a forma pasteurizada e, geralmente, são pobres tanto em
calorias como em macronutrientes, como proteínas e carboidratos, inviabilizando
o seu uso como adequado substituto de refeições.
Portanto, não existem
medicamentos ou produtos mágicos, que promovam, sozinhos, a saúde almejada.
Esta deve ser conseguida de forma racional e equilibrada com hidratação
satisfatória, com uma dieta rica em frutas e verduras e com quantidades
adequadas de proteínas, carboidratos e gordura, além da prática, regular, de
exercício físico.
Os sucos detox podem, inclusive,
fazer parte do cardápio rotineiro, sobretudo para aqueles que não gostam de
ingerir frutas e vegetais, desde que sejam vistos como alimento e não como
medicamento.
Lembre-se que se você não é
afetivo consigo próprio, não será efetivo na condução de sua saúde.
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