Antônio
Carlos Sobral Sousa*
Finalmente,
há poucos dias, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que regula e coordena toda a
pós-graduação brasileira, publicou o aguardado resultado preliminar da sua
avaliação quadrienal.
A
característica central da referida avaliação é ser realizada por pares
(comissão de especialistas da área, no caso ensino), com base em informações
anuais públicas e transparentes, registradas em separado por cada programa de
pós-graduação (PPG) na Plataforma Sucupira, comum ao Sistema Nacional de
Pós-Graduação (SNPG).
Os
relatórios são analisados pela Comissão de Área, num esforço concentrado de
avaliação comparativa da evolução e do estado da arte em cada área,
posteriormente revisado pelo Conselho Técnico Científico do Ensino Superior
(CTC-ES), que integra todas as áreas. Os PPG se distribuem em notas 3
(regular), 4 (bom) e 5 (muito bom), e destes últimos se destacam programas
excelentes, com notas 6 e 7, que constituem referências para as Áreas.
Foi
com imensa alegria e indisfarçável orgulho que recebemos a notícia de que o PPG
em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Sergipe (PPGCS-UFS) obteve a
nota 6, atingindo, portanto, desempenho equivalente ao dos centros nacionais e
internacionais de excelência, na Área de Medicina I.
A
láurea que ora recebemos, constitui uma vitória especial, diante dos baixos
recursos e falta de uma política clara de fortalecimento das pesquisas por
partes das agências estaduais de financiamentos de investigações científicas.
Soma-se a esta constatação, ainda, os infundados ataques que os cientistas e as
universidades, especialmente as públicas, vêm recebendo, pela crescente
neocultura do negacionismo científico.
Vale
ressaltar que os demais PPG da UFS também evoluíram para um patamar superior,
perfazendo um total de 41,8% de alterações positivas de conceito, segundo o
competente Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFS, Prof. Lucindo José
Quintas.
O
desempenho do PPGCS-UFS foi particularmente notável, durante a pandemia da
Covid-19. Os mais de cem artigos publicados por seus integrantes (a maioria em
periódicos com conceito “A” da CAPES) têm merecido o reconhecimento da
comunidade científica nacional e internacional, pelas relevantes contribuições
em diversos aspectos desta perigosa virose.
O
esforço, a coragem e a perseverança conjunta dos nossos docentes, discentes,
egressos, técnicos e colaboradores criaram as energias propulsoras para esta
merecida conquista. Portanto, o nosso ideal é hoje realidade. Viva a UFS!
* Professor Titular da Universidade Federal de Sergipe e membro das Academias Sergipanas de Medicina, de Letras e de Educação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário