domingo, 2 de abril de 2023

DOIS TEXTOS E UM COMENTÁRIO IMPRECISO

 

 

 

José Lima Santana*

 

 

Os meus dois últimos artigos, publicados no Correio de Sergipe e republicados nos blogs Cliquesergipe e Primeira Mão, renderam alguns bons comentários em minha página do Facebook, e, inclusive, a exortação da professora aposentada do Departamento de Direito da UFS, Adélia Moreira Pessoa, diretora cultural da Academia Sergipana de Letras Jurídicas, no sentido de que possamos escrever textos sobre a Faculdade de Direito, hoje DDI, para publicação em livro. A essa exortação, muitos acadêmicos já aderiram.

Mas, eu soube por terceira via, que certa professora da UFS, de forma imprecisa, andou estrilando por aí, em diferentes ambientes, sob a alegação de que um desses textos era machista, misógino, porque eu só me referi a uma mulher. Afirmação ridícula. Bem. No primeiro texto, sobre as “repúblicas da UFS”, referi-me à assistente social, Dona Edurvalina, que teve um papel fundamental na organização do apoio aos estudantes que vinham do interior ou de outros Estados. Porém, nesse texto, eu disse o seguinte: “Muitos profissionais das mais diversas áreas moraram em ‘repúblicas’ da UFS, homens e mulheres”. Ora, a mim não compete falar sobre as “repúblicas” femininas. Eu falei da “minha república” e, pontualmente, de outra que eu frequentava. Que algumas das estudantes moradoras nas “repúblicas” femininas possam fazê-lo. Trarão uma grande contribuição.

O professor Luciano Mendonça trouxe-me a lembrança do colega de “república”, Zé Antônio, que eu esqueci de citar. Ele fazia Economia. Era natural de Jeremoabo. Advogando naquela cidade, em 1983 ou 1984, fui encontrá-lo como funcionário do Banco do Brasil. Zé Antônio adorava uma boa lorota. Grande companheiro.

O meu segundo texto, referiu-se ao curso de Direito da UFS, desde a sua fundação, como Faculdade de Direito de Sergipe. Ali, foi citado o nome da primeira mulher que se tornou professora do nosso curso, Juçara Fernandes Leal.

O procurador de Justiça, Dr. Ernesto Anísio Azevedo Melo, com quem trabalhei, em Nossa Senhora da Glória, na década de 1980, eu, como advogado, e ele, como promotor de Justiça, alertou-me para o fato de que o seu pai, Des. Luiz Pereira de Melo, também conhecido como professor Pereirinha, integrou a lista dos fundadores da Faculdade de Direito. Ernesto tem dados preciosos, que os deverei colher, oportunamente.

Na minha página do Facebook, os dois textos receberam 167 curtidas, 35 comentários e 9 compartilhamentos. Por conta do espaço, no Jornal, colhi, para ilustrar, apenas alguns desses comentários: Zé Garcia: “Hoje é só gratidão por tão bela trajetória, com todas as dificuldades enfrentadas. Nosso querido PAI nunca falha. Parabéns querido conterrâneo e amigo por ser portador da maior arma dos vencedores, a humildade”.

José Vieira: “Prezado professor José Lima Santana, como de regra, mais um bom texto de sua lavra. Em particular, ele me chama atenção pela proximidade da efeméride de mais uma data da fundação da UFS e pelo recorte escolhido da criação da Faculdade de Direito de Sergipe até sua incorporação a referida universidade. Os caminhos do curso de Direito em terras de Sergipe, seja na Faculdade ou na Universidade Federal, diz muito do universo jurídico, político e de poder em nossa sociedade. Bem verdade que ele, o Direito entre nós, assim como as demais áreas do conhecimento, ainda é um projeto em construção e em contínuo progresso. Oxalá continuemos no caminho da inclusão, diversidade e da justiça social. Nesse sentido, contribuições dessa monta e de sua preciosa lavra, são claros muito elucidativos e oportunos”.

Nicodemos Falcão: “Caro Zé, parabéns por mais um texto bem escrito, dessa vez, sobre o ensino de Direito e da nossa UFS. Quem sabe um dia escreverá sobre o Curso de Economia. Aqui estarei eu a aplaudir. Um abraço”.

Antônio Fraga: “Obrigado pelo texto, querido professor”.

Maria Nely dos Santos Ribeiro: “Maravilhosas notificações. Muitos tecidos necessitando de outros tecelões. E ainda dizem que a História não tem função. Como historiadora lhe agradeço e a memória preservada ainda mais”.

Eliana Souza: “Excelente, professor José Lima! Esta temática (que tenho muito apreço) encontrou eco em seu gosto pela História da Educação, este belo relato. Quiçá ganhe mais interesse. Precisamos saber sobre as repúblicas ou residências estudantis femininas e masculinas da UFS que abrigou inúmeros discentes e contribuiu na formação de diversos profissionais. Uma temática que carece a atenção de pesquisadores. Iniciativa louvável. Parabéns, professor”!

Luiz Eduardo Oliveira: “Que interessante relato, meu caríssimo professor, delicioso de ler, como os outros que você escreve”.

Adail Vilela de Almeida: “Caro professor José Lima Santana, morei na República da Rua Dom Bosco, depois do Salesiano. A propriedade era do professor, poeta e servidor do TRT, Wagner Ribeiro. Fui Tesoureiro. Escrevi um artigo a respeito, laureado nos Prêmios Universitários e publicado em um dos Cadernos de Cultura da UFS, entre 1986 e 1990. Talvez eu tenha sido um dos beneficiados de origem mais distante, pois vinha de Barreiras, Bahia, cidade além São Francisco, próxima a Brasília. Hoje sou do TRE-SE. Abraço”.

Jorge Fonseca: “A batalha foi árdua, mas graças a Deus o Sr. conseguiu seu objetivo”. Antônia Maria Menezes Oliveira: “Excelente texto. Estudei na Faculdade de Direito da rua da Frente. Fomos contemporâneos. Lembro também das repúblicas dos estudantes. Foram muito importantes. Parabéns pelo destaque, que tanto ajudou aos estudantes da UFS”.

Lídia Melo: “Parabéns Lima! Padre José Lima, infelizmente as pessoas esquecem de divulgar o que é bom. Boa iniciativa a sua, como sempre”.

Jane Vieira: “Que texto hein??!! Parabéns. Você é incomparável”.

Azevedo Campos: “Maravilhoso texto e relato”.

Vovó Bel: “Padre José Lima encanta e renova nossas memórias”!

Aprendi a respeitar as pessoas como elas são e como elas devem ser respeitadas, mas não posso aceitar o que não me cabe.

 

 

*Padre, advogado, professor do Departamento de Direito da Universidade Federal de Sergipe, doutor em Educação, membro da Academia Sergipana de Letras, da Academia Sergipana de Letras Jurídicas, da Academia Sergipana de Educação e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. 

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